Music Branding: Um elo entre emoção e consumo
A música é um instrumento de expressão das emoções que quando usada como ferramenta de comunicação, pode provocar reações profundas e imediatas que muitas vezes nem a fala conseguiria produzir.
É um componente essencial na vida das pessoas e, muitas vezes, é através da música que muitos grupos sociais se expressam, criam suas identidades e se reconhecem no meio da multidão. Ela instiga a imaginação, a criatividade e a memória, tendo ainda a capacidade de criar conexões e associações muitas vezes vistas como improváveis, até mesmo impossíveis, entre pessoas, culturas, objetos e lugares.
A criação desses laços através da música, pode e deve ser trazido para o universo do marketing. E é aqui que entra o Music Branding (ou Sound Branding).
Music Branding é uma ferramenta que traz em seu conceito a utilização da música e do som como elementos de extrema relevância e significado dentro de um planejamento de marketing, onde o conteúdo sonoro deixa de ocupar uma posição secundária em peças publicitárias e passa a ter um papel principal na construção do DNA de uma marca. Planejar o Music Branding de forma eficiente faz com que uma marca possa usufruir das emoções trazidas pela música para construir seus valores e integrar o cotidiano do seu público.
Atualmente, os consumidores ao entrarem em contato com uma marca buscam muito além de seus produtos. Eles querem experiências únicas, exclusivas e que se encaixem com o seu perfil e estilo de vida. Marcas que se posicionem diante do mercado com o os mesmos valores que tem para si.
Com isso, as marcas passaram a vender muito mais do que um único produto, elas acrescentaram itens em seus portfólios que representassem em diferentes aspectos o estilo de vida dos seus consumidores. Logo, passaram a agregar valores mais humanizados e englobar atributos que se adequassem à rotina do seu público-alvo.
Por esta razão, o marketing passa a dar mais importância para os efeitos e influências da música na vida dos seus consumidores e começa a repensar a sua voz, junto com a sua identidade sonora e de que forma vieram abordando a música como parte da sua personalidade e posicionamento.
Ao criar uma identidade sonora, a marca passa a envolver o seu público-alvo de uma forma mais pessoal, com a capacidade de criar ou reforçar suas identidades de grupo, estimulando o sentimento de pertencimento, criando associações através dessa troca de experiências, contribuindo assim, para que ela seja gravada na memória do consumidor através das emoções transmitidas pela sua sonoridade, ou seja, pelo som próprio e particular desta marca.
Ao inserir a música como um dos elementos principais do DNA de uma marca, as empresas passam a adotar uma comunicação com mais emoção, com tom, com uma voz própria. E isso, contribui para que ela passe a ter uma relevância na consciência coletiva do público.
Algumas marcas já vêm aplicando esse conceito com muito sucesso, como é o caso da Melissa, que em 2020 durante a sua campanha POP Be Extra & Extraordinary criou uma estratégia 360, levando a música para todos os seus pontos de contato com o público da marca. Nessa campanha, a empresa pensou em uma playlist personalizada, trilha sonora para os pontos de venda e até identidade musical para cada um dos modelos da coleção, conectando o universo online e off-line.
A música, quando utilizada em uma estratégia de marketing de forma coerente, consegue fidelizar facilmente aqueles que se identificam com a sua comunicação dentro do mercado, atingindo o objetivo principal do Branding: colocar a marca na mente e no coração do seu consumidor.
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